domingo, 22 de maio de 2011

Na varanda da Clara.


Naquele momento eu respirava paz. Observava os carros, os sons, as luzes... Nossa! Daquela altura, longe do caos, a cidade parecia radiante. Eu gostava de estar ali. E gostava de saber que eu não estava só. Senti escoar um abraço doce e um beijo no ombro. Talvez até uma mordida. Gostava de saber que aquilo tudo era dela e ela dividia comigo. Logo comigo, que parecia tão pequena dentro daquela vida de holofotes. Eu sabia que ela era do mundo, mas tinha certeza que ela era minha. E eu fazia parte dela. E ela de mim. Como um livro, onde o capítulo 2 só tem sentido com o 1.

De repente, meu coração apertou. Lembrei que daqui a algumas semanas o livro, incompleto, vai ficar com páginas empoeiradas de saudades. Do sotaque, do carinho, do cheiro de morango.

Queria viver três anos nesses três meses. Lindos, mágicos e felizes. Porque todos os dias são melhores quando são na presença dela.

Ela passou por mim como um furacão de coisas boas. Mas como não sei devolver em dobro, me dei por completo. Quis ser uma coisa que ela tivesse por perto, mesmo quando estivesse a milhões de quilômetros. Lembrei das estrelas do pequeno príncipe. E lembrei do céu, dos carros, dos sons, das luzes... Então decidi: não importa de onde ela esteja olhando, serei sempre a vista da sua varanda.


♥ Quote:
"Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz." (O pequeno príncipe)

3 comentários:

  1. ain que lindo!!!
    Ela é assim mesmo..um doce e um furacão..impossível não amar, não querer por perto....
    Vou olhar nessa varanda tbm ;)

    ResponderExcluir
  2. Chorei.
    E fiquei sem saber o que dizer agora.
    Eu a amo, e você é uma das mais belas paisagens que eu vejo e sinto.

    ResponderExcluir