terça-feira, 3 de maio de 2011

Dia Especial. (18 de dezembro de 2o1o)


Ali, logo ali: nem tão longe que eu não pudesse vê-lo, nem tão perto que pudesse tocá-lo. 

Se certos livros são obrigatórios na escola, certas pessoas deveriam ser obrigatórias na vida. 

E é sempre ele quem eu vejo depois da curva: o meu alívio imediato. Transmitindo aquela paz, como se fosse uma música. Uma daquelas que tem gaita no fundo. O tipo de música que uma pessoa nunca ouve sem razão.

O show estava marcado para o dia 18 de dezembro (2010). 

Humberto subiu no palco pouco mais de meia noite. Embora fosse "Pouca Vogal", não resisti e sussurrei algumas vezes "uhh, é Engenheiros". 

Paralisada, analisava atentamente o rosto dele. 

Nota mental: o tempo age em todas as pessoas, inclusive nos seus heróis. Humberto estava velho, tão velho quanto o mundo. E comigo, a boa sensação estranha que eu estava envelhecendo junto com ele. 

Infelizmente, depois de 123 mil lágrimas, o show terminou. Ninguém por perto, silêncio no deserto. Humberto foi embora... Para mim, nada de anormal. Amanhã ele vai voltar. 

Enquanto isso eu...


♥ Quote:
"Um homem que fala aos corações de jovens, que fala de si, sem saber que fala de todos. Um homem que em segundos viaja do amor ao ódio. Um homem que com letras mágicas, palavras verdadeiras, fez alegrias, tristezas e sabedoria. Um homem que diz que não sabe porque... Merece ser chamado de gênio." 
(Pedro Bial referindo-se à Humberto Gessinger em seu livro "Crônicas")

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