quinta-feira, 16 de junho de 2011

O silêncio que despertou.



Observando as luzes do bar
Simples decoração
de coração
Ou não.

Muitas pessoas
De todas as cores
Dores
Sabores
Algumas deprimidas
Cansadas
Outras a toa
Ou desalmadas.

Diferentes
indiferentes.

De repente
A imagem de um homem

Estranho
A dominar minha mente.
Nobre engano
Inocente
Querer isso para mim:
Um mistério tão grande
Para alguém
Pequena assim.

Tensa
A observá-lo distante
Fico inconstante
Oscilando feito um pêndulo
Com incertos pensamentos.

Penso em abordá-lo
Cogito
Porém
Se beleza não se põe na mesa
O que  me levaria ir além?

Encontrei uma voz
Sussurrando no meu ouvido.
Era um anjo
Rouco
Dizendo ser meu amigo.
Intrometido.
Mandou-me ser delicada
E
Para ele
Escrever um bilhete
Bonito.
Entusiasmado, promete:
- Quero ser o seu cupido,
Aquele homem
Misterioso
Vai se render
E até querer
Casar contigo.

Quando pensei me render
Insegura
Alguém me interrompeu.
Era um demônio
Louco
Que sorria
Com ironia.
Sedutor prometeu:
- Quero ser o teu bandido
que palavras que nada
Se quiseres ser amada
Tem que dar prazer.
Seduza-o.
Pois seu corpo
É a única coisa bonita
Que ele quer ler.

Mas eu não gosto de promessas
Nem confio
Em quem faz.
Não mais quis ouvi-los
Deixem-me em paz.
Decidi
Não vou atrás.

Por favor, uma bebida
ou talvez um pouco mais.
Outro dia
Quem sabe
Me tornarei uma pessoa
Sagaz.

Bocejo
Lembrando-me das promessas
Do anjo rouco
Do demônio louco.
Quando alguém promete,
Para mim,
Toda e qualquer laço
Se desfaz.

Desatino
Entre um gole e outro
Repentino
Ele está ao meu lado
Me aproximo
Mas nada falo
O que faço?
Não ajo.
Olhei para baixo.
Ele olhou para mim.
E quando eu quis dizer algo
Ele baixo sorri:
- não digas nada,
Estou aqui.

Não quis pensar
Só quis sentir.

Mas
Sem entender
Quis descobrir:
- O que fazes por aqui?
Sem jeito, respondeu:
- O diálogo meio insano
De um anjo
De um demônio
Que sussurraram no meu ouvido
Humano
Se quiseres um corpo bonito
E qualquer coisa além de beleza
Tenha a certeza
Trilha teu caminho por ali.

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